Para isso, te apresento Átropos, a Moira responsável por cortar o fio da nossa existência. Átropos é a Moira da Morte e está presente em dois momentos cruciais da vida: no início e no final.
Nos nascimentos, caso o destino do Ser seja "vingar", Átropos se retira, pois não tem o que fazer ali, deixando a cena para que as outras 2 Moiras “da vida”, Cloto e Láquesis, sigam junto ao Ser tecendo o fio da existência até o momento final, onde Átropos retornará para cortá-lo com sua tesoura.
Você já reparou que nos nascimentos e nas mortes é possível sentir uma energia diferente? Uma força estranha no ar.
Acredito que você poderá pensar: “Credo, dá azar falar a morte”, e até mesmo pensar que falar sobre a morte é capaz de atraí-la. Besteira. Não somos grandiosos e onipotentes assim como nossa mente pode fazer acreditar.
Somos totalmente impotente perante a Moira da Morte, tendo zero controle sobre esse fato.
Se chegou a hora de alguém, partir aprender a reconhecer a energia de Átropos facilita muito.
Ela chega junto ao Ser que está se despedindo dessa existência bem antes da hora final. No início sua presença é praticamente imperceptível, mas ao passo que a hora do corte do fio da vida se aproxima, sua energia vai ficando cada vez mais forte. E vai ficando cada vez mais fácil de se perceber a presença de Átropos por ali, seja pela própria pessoa ou pelas pessoas à volta. Porém, essa percepção não é a nível consciente e muito menos racional. Vem de outra instância de nossas Almas.
Você já deve ter ouvido comentários assim: "até parecia que fulano sabia que ia morrer, pois naquela mesma semana visitou os amigos e parentes. Parecia que estava se despedindo”.
Sim, de certo essas pessoas captaram a presença da morte em suas vidas e, sendo guiadas pelo inconsciente, foram dar um último adeus.
Para nós psicólogos não é nenhuma novidade que agimos de forma inconsciente em inúmeras situações na vida. Essa seria apenas mais uma delas.
Afirmar “a presença da morte” na vida pode parecer esquisito, mas é fato: a morte é parte da vida.
Sim, Átropos amedronta a muitos de nós. E é por isso que escrevo sobre ela. Porque cada vez mais acredito que a morte deva ser encarada sob outra perspectiva que não a do medo.
Nossos piores medos podem se tornar grandes aliados em nossas jornadas, e por isso te convido a refletir sobre isso.
É possível transformar medo em força. Medo em coragem. Medo em algo além do medo.
É possível transformar o medo da morte em força na morte. E é isso que quero fazer daqui para frente: ajudar as pessoas a terem força na hora da morte de alguém importante. Ou mesmo na hora da própria morte.
E é também por isso que adentrei ao campo do trabalho com cuidados paliativos, como psicóloga clínica. Sim, os cuidados paliativos abrangem um enorme escopo de temas que vem desde o momento de um diagnóstico irreversível até o momento final, resumidamente. Mas eu escolhi trabalhar com o momento mais avançado nos cuidados paliativos, exatamente esse em que a presença de Átropos se faz altamente perceptível.
É por isso que hoje estou aqui, porque gostaria de compartilhar com vocês sobre esse tema, essa energia, essa força, esse momento difícil.
Acredito que ao reconhecermos a energia da morte sem sermos atordoados pelo medo teremos a possibilidade de vivenciar os momentos finais de alguém importante de uma maneira única e que tenha a potência de deixar os corações mais apaziguados diante o final da vida. E não tão atormentados, culpados e transtornados.
Quando é chegada a hora final de alguém isso somente diz respeito à Alma desse Ser.
E a mais ninguém. É o fim do ciclo dele e isso tem a ver com ele. Contudo, o que mais vejo no consultório psicológico são pessoas atormentadas ante a "fantasia de controle" de evitar a morte de alguém, acreditando que poderiam ter feito algo para evitar essa morte. Como se isso lhes dissesse respeito.
Posso parecer dura ao colocar os fatos nesses termos, mas sempre digo às pessoas que atendo que apenas as nossas vidas nos dizem respeito. A do outro, diz respeito à do outro. E isso não seria diferente no momento a morte.
Mas sei que as pessoas misturam suas vidas com as do outro e então fazem isso também na hora da morte do outro.
Se essas pessoas pudessem perceber Átropos ali junto desse Ser tempos antes da hora da morte dele, jamais conseguiriam levantar qualquer sombra de culpa e remorso em relação ao final da vida de alguém.
Tudo acontecerá na hora certa, inclusive a morte de alguém, seja lá a forma como foi e por mais que pareça que havia algo a ser feito para evitar essa morte: você ou qualquer pessoa jamais conseguirá evitar que Átropos use sua tesoura e corte o fio da vida de alguém quando essa hora chegar.
E te digo isso com a intenção de te confortar.
Em se falando da morte é importante que você compreenda sua real impotência diante do sopro final de vida de alguém. Por mais que pareça que você poderia ter feito algo que não fez. Isso é impossível. Você não detém Átropos. Ninguém a detém de fazer o corte do fio da vida quando a hora certa chega.
Texto escrito por Daniela Balthazar- Astroterapeuta, Psicóloga Clínica, Taróloga, Alquimista Mental.
Entre em contato para agendamentos pelo 48.99661.5798, assim consigo conversar com bastante atenção sobre suas dores da Alma.
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